O Ciúme
Entre as tartáreas forjas, sempre acesas,
Jaz aos pés do tremendo, estígio nume (1),
O carrancudo, o rábido (2) Ciúme,
Ensanguentadas as corruptas presas.
Traçando o plano de cruéis empresas,
Fervendo em ondas de sulfúreo lume,
Vibra das fauces o letal cardume
De hórridos males, de hórridas tristezas.
Pelas terríveis Fúrias (3) instigado,
Lá sai do Inferno, e para mim se avança
O negro monstro, de áspides (4) toucado.
Olhos em brasa de revés me lança;
Oh dor! Oh raiva! Oh morte!... Ei-lo a meu lado
Ferrando as garras na vipérea (5) trança.
Bocage
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(1) Plutão, deus dos infernos.
(2) Raivoso, furioso
(3) Demónios do mundo infernal.
(4) Serpentes venenosas.
(5) De víbora
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2 de julho de 2008
Pedrógão Pistão (em Roma) Apresenta:
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4 comentários:
Quer dizer...gostámos, mas ficámos assim um pouco para o perdidos...
mira conho, no compreendo!!
Olha a sério pá!!! Sedes uma vergonha aos olhos de Alá!
Não há quem te perceba, um dia destes vou provocar atentado na camioneta da carreira para a Idanha, só para te castigar!
Infiél!!!! Vai mas é dobrar guarda-sóis!!
No compreendo, sinhor, no compreendo!!!
Pero sin, hago limpezas!
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