4 de março de 2010

Poema da àgua de Bocage

A ÁGUA


Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões

que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.
Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete

que lava o chibo mesmo da rasca
tira o cheiro a bacalhau da lasca
que bebe o homem que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas

apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água

que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras

lava a tromba a qualquer fantoche
e lava a boca depois de um broche.

4 comentários:

a verdadeira disse...

só a primeira estrofe já me fez desistir de ler o resto!
mas afinal que linguagem tão brejeira!
...e repetitivo!
beijão para o Bonga que agora é Agente! *

A Gerência disse...

Ai Agente Bonga! Era escusado... Está fraquinho... Mas prontos! Tens de começar por algum lado, não é? Sabes, poesia aqui na basílica é mesmo coisa de Zél Ápute, ou então Pedrógão Pistão! (o que não quer dizer que seja muito melhor...) Mas o que nos interessa é saber quando nos mostra esse novo bólide que anda a namorar! Estamos reçoados de excitação para andar por aí a curvar nas lombas consigo!

a verdadeira disse...

Qualquer réu sob arguido perante qualquer juiz-presidente, necessita sempre de um procurador!

borys o inocente disse...

o que é uma cona?